Conheça a origem de 5 gestos populares
Saiba mais sobre à origem de alguns gestos populares, ou seja, as histórias sobre como eles surgiram e começaram a ser usados. Scott Ganz do site Mental_Floss reuniu uma interessante lista de sinais interessantes, explicando como eles se tornaram populares, e nós selecionamos cinco para você conferir. Veja:
1 – O infame
Surpreendentemente, mostrar o dedo médio em sinal de desagrado é algo que as pessoas fazem há muito, muito tempo. De acordo com Scott, o costume, na verdade, remonta da época da Roma Antiga, quando os romanos usavam o digitus impudicus — ou dedo indecente em tradução livre — para espantar o mau olhado.
Para os antigos romanos, o dedo médio estendido trazia semelhança com o membro sexual masculino e, portanto, era exibido toda vez que alguém sentia que estava sendo encarado maliciosamente. Isso porque os romanos acreditavam que podiam se proteger de maldições e pragas mostrando seu “pipi” manual mágico.
2 – O soquinho
Outro gesto bastante comum é o que você acabou de ver na imagem acima. Segundo Scott, ele surgiu com os boxeadores profissionais dos anos 70, que batiam com as luvas para se cumprimentar antes do início das lutas.
Depois de um tempo, os jogadores de basquete adotaram o costume dos lutadores, e começaram a de trocar soquinhos com os companheiros de time em vez de apertar as mãos — para preservar o carbonato de magnésio nas palmas, usado para melhorar a aderência com a bola. Não demorou até que os fãs de basquete começassem a usar o mesmo cumprimento, e a saudação acabou ficando famosa no mundo inteiro.
3 – O “V”
Aqui no Brasil, assim como em muitos países, o gesto acima é muito usado para simbolizar a vitória e a paz, e o costume de mostrar os dedos formando um “V” surgiu durante a Segunda Guerra Mundial. Conforme explicou Scott, tudo começou graças a Victor de Laveleye, um político Belga, que fugiu de seu país para a Inglaterra para escapar da ocupação nazista.
Enquanto esteve em terras britânicas, Laveleye trabalhou para a BBC dirigindo a transmissão de programas de rádio, e começou a sugerir que os ouvintes dos territórios ocupados usassem a letra “V” como sinal de resistência. Em francês essa letra simbolizava a palavra victoirie, enquanto que em holandês ela significava vrijheid — ou vitória e liberdade, respectivamente —, e Laveleye acreditava que o gesto poderia desmoralizar os soldados alemães.
A imprensa britânica gostou da ideia e logo o gesto se tornou popular entre a população dos países aliados, e se tornou um sinal universal usado para trazer encorajamento e simbolizar a paz. Curiosamente, na própria Inglaterra, se o “V” for mostrado invertido, com a palma voltada para o lado contrário — como a imagem da direita —, ele tem significado obsceno! Então, tenha cuidado em como você posiciona a mão na hora de desejar paz para algum inglês.
4 – O polegar para cima ou para baixo
Você já deve ter ouvido a história de que quando um gladiador perdia na arena, a multidão mostrava os polegares para cima ou para baixo para decidir se ele deveria continuar vivendo ou não. No entanto, isso não passa de lenda.
Segundo Scott, na época dos antigos romanos, mostrar o polegar simbolizava atingir alguém com uma espada. Portanto, se a multidão desejasse que um gladiador fosse morto, bastava com apontar o dedão em qualquer direção. Na verdade, os gestos feitos com os polegares só foram ganhar uma conotação positiva muitos séculos mais tarde, graças aos britânicos, aos franceses e aos chineses.
Os britânicos, por exemplo, costumavam unir os polegares para simbolizar que haviam “selado” um negócio. Já os franceses, quando contavam com os dedos, costumavam começar pelo dedão, então, não demorou até que esse dedo começasse a representar o número 1 e coisas que fossem de primeira classe.
Os chineses também costumavam mostrar os polegares voltados para cima para sinalizar aprovação e, durante a Segunda Guerra Mundial, a população chinesa apontava os dedões para os pilotos norte-americanos que voavam com a Força Aérea Chinesa para ajudar a defender o país contra os japoneses. Os soldados “levaram” o gesto para casa depois da guerra, e o resto dos militares dos EUA adotou o sinal — que acabou se espalhando pelo mundo.
5 – A continência
A famosa saudação militar surgiu a partir do simples gesto de tirar o chapéu como demonstração de respeito. De acordo com Scott, sua origem remonta da conduta seguida pelos militares britânicos do século 18, que deveriam remover seus chapéus na presença de superiores.
Entretanto, com a passagem do tempo os uniformes britânicos foram se tornando menos práticos — especialmente se considerarmos aqueles chapéus de pelo de urso da “Coldstream Guards” —, e o ato de remover o acessório da cabeça foi sendo substituído pelo simples toque — e daí ele acabou evoluindo para a continência que conhecemos hoje em dia.
Via Megacurioso.