PUTOKIO PARIU


Salve povo bandeiraduense que se delicia a vera com essa interface nova e super maneira desse site que além das fontes novas ainda conta com um bonequinho super sacana a te cobiçar na cara grande sempre que encarado nos olhinhos. Sei que, assim como eu, vocês sentem uma falta absurda e já entram na fase de abstinência do Campeonato Brasileiro, que de tão longo e interminável entra pra família. Mas não se preocupem, temos aí o Mundial de Clubes disputado por um monte azarões estilo Figueirense 2011, Santos e o tal Barcelona – que não julgo ser essa Coca-Cola toda.

 

O time comandado por Guardiola é indiscutivelmente a melhor equipe da Europa, oriente-médio e confins da Terra, porém garanto sob aposta milionária que se disputassem nosso Brasileirão Soca Com Raiva estariam naquelas crises onde a torcida balança dinheiro e chama o craque de pipoqueiro, nesse caso Messi. Que o argentino é bola pra cacete não podemos cometer a insanidade de negar, mas contra Getafe, Gijon e mais dezenas de Atléticos e Madrids que não fazem nem cócegas até mesmo o pavoroso time do São Paulo num mistão com o Botafogo e a zaga do Cruzeiro tiraria onda e praticaria o ato exterminador de moral de fazer miséria sem olhar pro cadáver e desejar boa viagem. Os campeonatos inglês, espanhol, italiano e de todos aqueles países, cujo capitalismo sentencia a pedir esmola na beirola árabe petrolífera em questão de tempo, não possuem (somando todos) 10 equipes que dê um suador em nosso rebaixado América-MG. Sempre endinheirados, esbanjadores e montadores de seleções, tais equipes só fazem bonito e faturam mundial aos montes porque os brasileiros raramente lá chegam – culpa de nossos rivais sulamericanos e não deles.

 

É a única explicação cabível para que em quase um século de profissionalismo do soccer brazuca tenhamos apenas 6 equipes que foram pro Japão e voltaram com o caneco na mão. O futebol penta-campeão do mundo necessita urgentemente, por uma questão de sobrevivência, aprender a discernir campeonato estadual, de nacional e Libertadores. O caneco-mor da América de baixo pede uma dose de filhadaputismo 90 minutos por jogo. Não se ganha Libertadores apenas na bola. Catimba, pressão da torcida e porradaria com a finalidade de desestabilizar o adversário são tão fundamentais quanto saber cobrar pênalti, tabelar dentro da área e não tomar gol de escanteio. Tá certo que a nossa seleção há pelo menos 5 anos vêm mostrando uma decadência quase uruguaia, mas não podemos associar tal vergonha ao rendimento dos times da terra dos pikas do futebol.

 

Vejo a Universidad de Chile meter chinelada no caríssimo Flamengo, passar na maciota sobre o embaladíssimo Vasco, LDU entrando pro livro dos algozes tricolores, Tolima fazendo busto de bronze em cima do Corinthians e me pergunto qual o antídoto para impedir que esses pelas-saco continuem nos alisando como se aqui fosse a casa das primas. Nosso campeonato é o mais terrivelmente assustador da Via Láctea, ídolos mundiais tremem na base quando pensam que irão mitar e vêem Kempes abrir o placar logo aos 5 minutos, a imprensa mundial se lasca na profetagem quando inutilmente arriscam palpites sobre o campeão antes do torneio começar e esses tataranetos maias, astecas, sem título mundial e de seleção que faz clássico com a Bolívia pegam nossos times e machucam como se fosse a coisa mais habitual do planeta.

 

Passou da hora de mudarmos esse conceito e entender que Brasileiro sem Libertadores é como Libertadores sem Mundial. É comprar o doce, lambê-lo e ser roubado. Só serve pra dar água na boca e servir de escárnio pro vizinho. O projeto Tóquio fundado pelo Flamengo em 1981 carece de ser reintegrado às mentes brilhantes dos dirigentes brasileiros a fim de que corriqueiramente nossos clubes tenham estampados em suas camisas aquele logo violentão de campeão mundial que cala os rivais por pelo menos 365 dias.

 

O Santos disputa essa semana o Mundial de Clubes e esperamos que mesmo o time sendo velho e tendo apenas dois craques muito acima da média e um centro-avante assustadoramente matador, consiga não “colorar” como o Internacional ano passado que perdeu para um tal de Mazembe – time com nome de ritual afro para ressurreição de sogra – e, ao contrário dos vermelhinhos da Província Cisplatina, possa voltar com esse caneco pra terra do samba, porque outro Mundial de presente pro Barcelona será no mínimo patético.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol.

 

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Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano
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