Dicas para faturar a libertadores. Fair Play só se eu estiver ganhando
Salve galerinha bandeiraduense! Sei que todos nós do eixo Rio-Sampa, únicos brasileiros sagazes o suficiente para colocarem nossas equipes na Libertadores, estamos um tanto quanto ansiosos quanto ao que veremos no campeonato mais casca grossa do mundo que vale um caneco mais doloroso que ripa do Biro-Biro.
Esses dias num de meus altos papos com meu brother semi-salvo, blogueiro do Vasco da Gama, Thadeu Valadão, conversávamos sobre a falta de testosterona das equipes brasileiras na disputa da Liberta. Nossas equipes entram preparadas na bola, altamente bombadas, cheias de gás, mas na primeira porrada no focinho, ou mostram a calcinha ou dão chilique e perdem meio time. Porra, Libertadores é campeonato pra cabra macho, tem que ter aquilo roxo e disposição pra levar dedo na cara e cusparada. E mais, brasileiro tem que sair do Brasil sabendo que lá o juiz é deles e aqui o juiz é de ambos, e que mimimi de reclamação com juiz só serve pra levar amarelo e pendurar a zaga. Somos o único país a disputar o Caneco-mor da América de Baixo que não fala espanhol, logo o diálogo fica tenso, exige mais gesticulações e consequentemente a má interpretação do árbitro de que você o está mandando se foder de verde e amarelo.
Time brasileiro que leva a Libertas tem que ser como o Flamengo de 81, que levava pedradas e golpes de punho de Mário Soto, ou o Vasco de 98 que já treinava com um jogador a menos pra saber lidar com os jogos fora de São Januário, ou o Grêmio de 83, que mesmo sendo do sul tinha um time macho pra caralho e que não abaixou a cabeça nem a voz pra gringo nenhum. Sei que vocês estão se perguntando: “Mas o São Paulo ganhou três e de macho não tem nada.” Ok, mas o São Paulo tanto na década de 90 quanto no início dos anos 2000 tinha uma base que até dormia junto (ui), logo o entrosamento era quase utópico e nenhuma equipe brasileira hoje classificada pra Libertadores possui.
Libertadores é um bolo estranho de receita duvidosa, mas quem arriscou e fez deu certo. Pra faturar a bagaça tendo apenas uma fratura exposta é necessário um time competitivo, experiente, um ataque que saiba dar porrada e principalmente, ESQUEÇAM ESSA PORRA DE FAIR PLAY. Acreditem, o Boca Juniors não irá colocar a bola pra fora se seu goleiro chocar de nuca com a trave, e a La U certamente estará ganhando de 3 a 0 quando resolverem parar para seu lateral amarrar as chuteiras. Fair Play, só se estivermos ganhando.
Foda-se se o atacante perdeu um dente, ou todos os dentes, ou se a patela do zagueiro enterrou no fêmur, ou se o meia teve parada cardíaca. Quer parar o jogo? Relaxa, que quando eu fizer um gol a bola volta no meio. Tem que parar de gracinha de ficar pagando de bonzinho. O Santos é a prova de que o bonzinho de hoje é o otário de logo mais. No Mundial, levou baile, não encostou na bola, agiu no mais genuíno fair play e viu o troféu de fair play ir pras mãos do Puyol. Bonzinho é meu ovo esquerdo no inverno.
A receita está dada. Se quiser ganhar a Libertadores tem que ser macho. Time que paga de correto e só quer ganhar na bola, se fode e vira piada além de nunca conquistarem o tão almejado caneco. Perguntem pro Corinthians.
Dois Toques e a gente sai na cara do gol!
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