Ensaio sensual com Luiza Valdetaro
Com 17 anos, a carioca Luiza Valdetaro dediciu trocar a carreira de modelo pela de atriz.
Hoje, ela comemora uma excelente fase profissional.
As experiências e os desafios fizeram dela uma mulher ainda mais bonita, como você confere no ensaio fotográfico. E ainda mais otimista, como mostra a entrevista a seguir feita pela revista VIP.
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Durante o ensaio, você sempre se antecipava às sugestões do fotógrafo. Isso vem da experiência de modelo?
Foto não é uma coisa que eu tenha muito prazer em fazer. Ficar duas horas se maquiando, trocando de roupa o tempo inteiro e fazendo mil poses é um pouco cansativo.
Ainda bem que o clima da locação ajudou, o lugar era muito bacana, o maquiador foi um fofo, a produtora, as meninas do figurino.
E, já que tem que fazer, gosto de ser a mais objetiva possível.
Gostando ou não, você se envolve bastante no processo, né?
No que dá para ajudar, criar junto, eu prefiro me antecipar e sugerir sempre coisas novas. A empatia com o fotógrafo ajuda muito também.
No final, a gente usa a criatividade e aproveita mais. E adoro ver o resultado. O final é lindo, mas o processo em si é um pouco cansativo.
É igual a ir à academia. A gente não gosta, mas adora o resultado.
Essa sua opinião contribuiu para que você deixasse a carreira de modelo?
Sempre fui mais da publicidade. Não tenho altura para modelo, posso até fazer o carão, mas ficam faltando uns 20 cm para cima.
Na verdade, foi a publicidade que me levou a ser atriz. Sempre me dava bem nos testes, fui achando que tinha jeito para a coisa.
Fui conhecendo as pessoas e acabei fazendo o curso de artes cênicas na Universidade Federal do Rio.
Foi uma transição complicada?
Entrei no Projac em 2003. Fiz um teste para a escola de preparação de atores da Globo e fui aprovada para uma participação em Celebridade [novela de 2003].
Daí fiz Malhação, América e depois engravidei.
Você teve a sua primeira filha ainda jovem. Tinha essa vontade de ser mãe desde adolescente?
Casei com 20 anos e tive a minha filha com 22. Não pensava em ser mãe quando era mais nova. A verdade é que, quando a gente conhece alguém que ama muito, começa a sentir vontade de materializar esse amor.
A vontade de ser mãe veio depois que casei. Achava que ser uma mãe ainda jovem me faria encarar o desafio com mais disposição.
Quando você tem um filho depois de uma certa idade, tem mais sabedoria, mais experiência acumulada. Mas, se ficar pensando nisso, só vai ter um com 80 anos.
Você se assiste? É muito autocrítica?
Tento assistir todo dia. Sou um pouco autocrítica, sim, mas nunca digo que ficou péssimo, digo que não ficou do jeito que eu queria.
Na televisão, tem que tentar manter a coisa fresca, mesmo repetindo a mesma cena inúmeras vezes. É um material vivo, não é matemática.
É inevitável que na hora você tenha planejado fazer uma flexão de um jeito e saia de outro.
Com esse sucesso crescente, já sabe qual o seu próximo projeto?
Tem muita coisa acontecendo, mas a gente só fica sabendo quando está decidindo.
Também quero trabalhar com pessoas novas, o que é ótimo porque são novas referências.
Mas confio muito na Globo, os projetos que chegarem para mim vão ser ótimos projetos. Entro de cabeça.
Até agora, suas personagens são mocinhas recatadas. Tem vontade de fazer algum papel mais ousado?
Ah, a gente sempre tem. A gente que trabalha com atuação quer ser camaleão, explorar o nosso ruim, o nosso bom, usar as nossas armas. Mas entendo os produtores de elenco quando te escolhem para algo em que você já mostrou ser bom.
Tem alguma personagem do cinema ou da TV mais sensual em que você se espelharia, caso recebesse a proposta de fazer um papel assim?
Adoro a Nicole Kidman em Moulin Rouge, a Natalie Portman em Cisne Negro. Este, por acaso, é um dos meus filmes favoritos. E a Natalie não é tão sensual nele, mas é um trabalho belíssimo.
Sempre alguma do Woody Allen, ele sabe fazer mulheres sensuais. O Pedro Almodóvar costuma pegar mulheres que nem sempre são tão lindas e transformá-las em furacões de sensualidade.
Seria fácil para você despertar seu lado sensual em prol de uma personagem?
Essa sensualidade está dentro de toda mulher, é uma coisa instintiva. Muitas reprimem. Mas sensualidade é sim uma das armas da mulher. Se disser que não é, está fugindo do seu instinto animal.
Então, não seria difícil para mim trabalhar esse lado.
Pouco antes de começar a gravar Gabriela, você recebeu a notícia de que a sua filha tinha leucemia. Agora que o tratamento dela está mais perto do fim, como você avalia esse baque?
O começo é muito difícil, depois a gente se acalma e o final volta a ser difícil como o começo. Muda tudo na vida. Só quem passa sabe como é.
A gente já muda muito quando vira mãe. Quando o filho recebe um diagnóstico desse tipo, muda muito de novo.
Ninguém precisa passar por isso para se tornar uma pessoa melhor. Mas, se acontecer, não tem jeito, tem que virar uma pessoa melhor.
A Malu ganhou muito carinho dos médicos, dos amigos, da família. Ela sente o carinho e o amor de todo mundo que vem acompanhando o tratamento.
Por causa do tratamento, você está ainda mais dividida entre Rio e São Paulo. Tem preferência por uma ou outra?
Amo o Rio, amo praia, mas São Paulo tem atrativos que não encontro na minha cidade.
Eu prefiro o Rio, por causa da beleza natural, foi o lugar onde cresci, conheço cada esquina.Se me mudasse de vez para São Paulo, seria uma barata perdida.
Mas gosto muito de mudar. Então, seria uma boa morar três meses seguidos em cidades diferentes, como São Paulo, alguma cidadezinha italiana, Nova York.
Via VIP.