Giselle Batista, cheia de charme na VIP
Agora é a vez de Giselle Batista mostrar para você por que já é uma das revelações da teledramaturgia nacional.
Em Cheias de Charme, você viveu a Isadora, que é uma menina extremamente mimada. Como você é no dia a dia?
Nossa, eu não tenho nada da Isadora. Nunca tive faxineira, arrumadeira, cozinheira…
Sempre aprendi a fazer tudo sozinha, sempre morei com a minha família, nunca fui uma patricinha rica, sempre fui bem tranquila. Ela não tem nada a ver comigo.
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A novela teve uma repercussão enorme, e a Isadora é uma moça arrogante e maldosa. Como você Giselle Batista recebeu os comentários do público nas ruas?
É muito engraçado, porque é a minha primeira novela. Por mais que eu já tenha participado de Malhação, novela mesmo nunca tinha feito, então essa é a primeira imagem que as pessoas têm de mim. E é uma imagem de alguém ruim.
As pessoas me param na rua para falar que eu sou muito má, que eu deveria deixar a Cida [vivida por Isabelle Drummond] em paz. Mas eu levo numa boa, eu sei que não é para mim.
Você tem uma irmã gêmea, a Michelle. Por serem gêmeas idênticas, isso já atrapalhou a carreira das duas?
Nós somos muito amigas, sempre fomos. E, quando nós percebemos que seríamos atrizes, nunca tivemos medo de uma ofuscar a outra. O mundo é tão grande que eu nunca pautei o meu trabalho no fato de que eu tenho uma irmã gêmea.
Trabalhar com ela é sempre uma festa, nós duas sempre ficamos felizes e já estamos acostumadas com o fato de sermos iguais fisicamente.
Isso nunca me atrapalhou. Eu estou seguindo a minha carreira como atriz, assim como ela. E ela é uma ótima atriz também.
Você já participou de Malhação e das séries Clandestinos – O Sonho Começou e A Mulher Invisível. Agora, na novela, como está sendo o ritmo de trabalho?
É uma loucura. Em Malhação era puxado de vez em quando, mas novela é muito mais. O ritmo é frenético, eu estou no estúdio de segunda a sábado.
Mas está sendo um aprendizado ótimo. Tem dias que eu chego a gravar 19 cenas e, como eu vim do teatro, onde a gente está acostumada a trabalhar com uma cena durante muito tempo, é muito diferente.
Mas faz parte do meu trabalho, por exemplo, aprender a render mesmo com um dia super-puxado.
O que é mais difícil, encarnar a menina mimada e malvada ou a mulher sensual para um ensaio da VIP?
Acho que ser uma mulher sensual em uma casa que não é minha não faz parte de mim. Do mesmo jeito que eu não tenho nada a ver com a Isadora.
E eu acho muito mais fácil encarnar um personagem que não tem nada a ver comigo do que um que está perto da minha realidade.
Por exemplo, dar uma entrevista sobre mim mesma é muito mais difícil do que viver algum personagem. É muita exposição, eu nem sei quantas pessoas vão ler isto.
Um personagem, não. Aquilo não sou eu Giselle Batista.
O que achou do convite de ser capa da VIP?
Quando eu soube do convite, eu hesitei um pouco, porque como eu trabalho com a imagem, é preciso ter cuidado em como eu vou me expor. Acho que tem que ter um pouco da minha vida que é só minha.
Mas aí conversei com a produtora e aceitei. E foi ótimo. O ensaio é elegante, tem classe. É um ensaio que qualquer mulher poderia ter feito.
O que você está achando da repercussão da novela?
Estou adorando. Como é a minha primeira novela, seria chato se eu fizesse e não tivesse repercussão, se fosse uma novela broxante.
Eu entrei com mais dois amigos, a Chandelly Braz e o Rodrigo Pandolfo, então já comecei tranquila.
E as pessoas passam na rua e comentam comigo sobre o que está acontecendo, falam o que pensam.
Um dia eu estava jantando e chegaram três crianças pedindo para eu não me casar com o Conrado [personagem de Jonatas Faro]. É muito legal. E eu nunca tive nenhuma crítica negativa a mim, sempre são direcionadas à Isadora.
Sem contar que a novela está inovando muito, estão usando as mídias como jamais foram usadas. Você pode entrar na internet e ver o clipe das empreguetes. Isso nunca tinha acontecido.
Esse é seu primeiro grande trabalho sem a sua irmã. Está sendo difícil não tê-la por perto?
Jamais. Ela faz outro trabalho atualmente e está morando em São Paulo. Mas estamos sempre perto uma da outra.
Acho até saudável nós não trabalharmos juntas, cada uma segue a sua carreira.
Fico feliz que esteja dando tudo certo para ela em São Paulo e sei que ela está feliz por mim. Nós somos amigas, e, como qualquer amigo, eu não preciso trabalhar ao lado dela para estar junto.
Você namora o ator Raoni Seixas. Rola algum ciúme por você ter feito o ensaio da VIP?
Não, claro que não.
Há quanto tempo você namora?
Uns quatro anos. Acho que é isso.
Qual é o segredo para manter um relacionamento quente depois de muito tempo, Giselle Batista?
Olha, o dia que alguém descobrir isso, pede para me contar, por favor.
Acho que qualquer relacionamento longo tem seus desgastes mas também precisa de uma individualidade. Cada um cuida da sua vida e quando estamos juntos é bem legal.
Eu não sou daquelas que fala que nunca briga, que tem o namoro perfeito. Eu não acredito em namoro perfeito. O que eu acho que é preciso é manter o íntimo no íntimo, e não ficar espalhando para o mundo.
Você é de São Gonçalo. Como foi ter saído de lá para ser atriz e ainda viver personagens da classe alta?
Eu fiz teatro em São Gonçalo e tentei montar um grupo. Acho que isso me ajudou muito.
Eu sempre batalhei para chegar aonde estou. Nunca fui daquelas que foi parada na rua porque era bonita. Eu sempre fiz testes, para todos os meus trabalhos. Tudo sempre foi muito difícil.
Deslocar-me de São Gonçalo para trabalhar, por exemplo, era difícil. Mas isso me deu mais pé no chão.
O meu trabalho é sagrado e eu não acho que é cheio de glamour. É um trabalho pesado, que mexe com o emocional.
E sair de São Gonçalo e morar com meus irmãos em um apartamento que tinha um quarto para três pessoas ajudou bastante o meu trabalho. Tenho muito orgulho de ser de lá.
E eu sempre falo para os meus amigos de lá que eu não sou carioca, eu não sou do Rio de Janeiro. Adoro aqui, mas não sou carioca.
Chegar até aqui me fez acreditar que sonhos são possíveis.
Quais são os planos para o futuro?
Quero investir na TV, que é algo que eu sei pouco, e quero começar a produzir as minhas coisas.
Estou abrindo uma empresa para poder ter o meu trabalho e não ter que esperar pelos outros.
O que você acha que os homens não sabem sobre as mulheres, mas que seria bom que soubessem?
Acho que o básico é saber ouvir. Aprender a ouvir com tranquilidade o que a mulher quer falar é um bom começo.
Via VIP.