Janeiro é mês de torcer e profetar


Salve povo bandeiraduense! Tava com saudade de mandar minha letra nesse espaço maneirão da terra da garoa que me recebeu com o maior carinho. E o ano começa bem diferente de como o passo terminou – pelo menos desportivamente falando. 2011 terminou naquele frenesi, altas especulações, profetamentos, visagens e maravalhas midiáticas aos montes e começa com uma Copinha de Juniores tão chinfrim quanto os estádios e maqueiros que a coadjuvantizam.

 

Geral cansa de saber que esse campeonatinho só começa a valer alguma coisa na final e só temos certeza de que realmente valeu alguns anos depois, se algum daqueles moleques conseguirem suar sangue entre os profissionais, onde a botinada é firme e chororô punido no chinelo. Felizmente o mundo não é só futebol e ainda podemos chorar com a Fórmula 1, o campeonato de NERDS mais conhecido do mundo – sim porque aquilo é uma batalha tecnológica onde vence o melhor carro e pouco conta quem é o piloto.

 

Falo isso da maior categoria automobilística do mundo porque sou das antigas, do tipo que torcia pra marcha do cara quebrar só pra ver se ele tinha frinfa virgem igual o Senna pra levar a charrete no braço com o burro jogando contra. Dos tempos em que Fórmula fazia meu tio chato acordar cedo só pra poder mostrar como entendia da bagaça, de quando a diferença entre carro da Lotus e da Maclaren eram os pneus secos ou de chuva. Hoje a Fórmula 1 virou uma boiolagem dos infernos, com pilotos cada vez mais maricas, num ambiente onde idade, experiência, juventude ou fodice-nata nada contam. Basta ter um carro pica nas mãos e bora esperar a corrida acabar pra gente comemorar.

 

Barrichello é um cara das antigas que vem sofrendo por ter gordura numa briga de cidadãos de óculos enormes, velhos gagás e empresas capitalistas. Tá certo que numa de escala de lambari à tubarão, Barrichello é um bagre (e não apenas a cabeça), mas tem muito peixe beta tirando onda por aí. Nada contra a nacionalidade dos caras, mas na minha humilde opinião lugar de japonês é elaborando aerofólios e lugar de indiano… na Índia. Nada a ver ficar colocando filhos de donos de carvoeiros asiáticos pra correr. Nada a ver.

 

Mas não creio ter sido a indústria carvoeira asiática o demônio da vida do Rubinho, mas creio que ele tenha cometido o erro capital do Broxa n° 2 do texto da inimaginável Pimenta Picante, onde ela deixa claro que “come mais quem come quieto”, e o Rubinho falou demais e por muito tempo. Perdeu a chance de mostrar que era bom mesmo na inativa. Agora terá que suportar um qualquer ocupando a vaga de um cara dinossauro da Fórmula 1 como ele simplesmente por conta de um chilique coletivo da velharada da pôquer.

 

Rubinho é azardo, é o antônimo do Zagallo e de tão pé-frio resolveu mostrar suas habilidade justamente quanto tinha Michael semi-deus Schumacher como companheiro de equipe, e aí…

 

Porém, fato é que enquanto o ano esportivo não começar, tudo não passará de especulação e qualquer certeza não passará de profetagem. Falam até do Bruno Senna na Willians, mas pra mim, de Senna, ele só tem o nome e o apoio do Galvão Bueno. Só torço de novo pra Fórmula 1 quando uma empresa brasileira colocar um carro lá. Aí sim. Porque se a batalha já escancarou ser tecnológica, prefiro guardar minhas energias para uma equipe brazuca e seu carro de madeira reflorestada movido a etanol.

 

Dois Toques e a gente sai na cara do gol!
 

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Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano
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