Neymar e Cavani? Eis os times que racharam, mas deram certo

Neymar 

Grupo fechado. Eis um daqueles chavões usados para qualquer coisa no futebol.

Time está mal das pernas perigando cair? Fecha o grupo, não fala com a imprensa, contra tudo e contra todos.

Time perto de ganhar um campeonato? Fecha o grupo, não fala sobre o título, não fala com a imprensa, com a mãe nem o cachorro.

O problema é que muitas vezes um grupo se fecha tanto que acabando sufocando os (enormes) egos dos jogadores.

Muitas vezes isso acaba implodindo a equipe, demitindo técnicos ou até mesmo demitindo uma barca de jogadores no meio da temporada.

Em outras situações, esses grupos entendem que eles podem se odiar fora de campo, mas dentro podem ser protagonistas de momentos históricos.

Inspirado na “briga” entre Neymar e Cavani, lembramos alguns times que se odiavam profundamente entre si, mas que são amados eternamente nos corações dos torcedores.

 

Real Madrid 1959-60

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O Real já era tetracampeão da Europa quando contratou Didi, eleito melhor jogador da Copa de 1958.

Ele faria um trio de sonhos com Puskás, da mítica Hungria da Copa de 1954, e o argentino Di Stéfano, o dono do time em campo e fora dele.

Irascível e talentosíssimo, Di Stéfano corria pelo campo todo por 90 minutos e exigia dos outros a mesma garra – quase sempre xingando.

Já Didi sempre teve um estilo clássico, lento e cadenciado, preferindo dar passes e chutes precisos a sair correndo. Bastaram poucos jogos da temporada 1959-60 para Di Stéfano perder a paciência e exigir que o brasileiro fosse sacado.

Para complicar, Guiomar, a mulher de Didi, procurou a imprensa para acusar o argentino de ciúmes, racismo e sabotagem, o que só piorou a situação.

No fim, voltou para o Botafogo depois de apenas 19 jogos, todos pela liga espanhola e nenhum pela Copa dos Campeões da Europa, que o Real ganhou de novo naquela temporada.

No livro The Real Deal: A History of Real Madrid, o autor Jimmy Burns conta: “Di Stéfano diria depois que Didi simplesmente não lutava o bastante pela bola e a perdia muito facilmente”.

 

Palmeiras 1993-94

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A rica parceria com a Parmalat encheu o Palmeiras de craques. E de egos.

No núcleo duro de Antônio Carlos, Roberto Carlos, Edílson, Edmundo e Evair, várias antipatias, silêncios de desprezo e bate-bocas aconteciam nos bastidores.

Até mesmo brigas físicas: nos intervalos de duas partidas diferentes, Edmundo trocou socos com Antônio Carlos e, em outra oportunidade, com Edílson – hoje em dia, com todos aposentados como jogadores, vários integrantes daquele time vêm abrindo esses casos para a imprensa.

O técnico Vanderlei Luxemburgo deixava que eles se virassem e dizia que só tiraria brigões do time se eles não trocassem passes em campo.

E assim toda essa tensão resultou no fim do jejum de 17 anos sem títulos e nos bicampeonatos paulista e brasileiro.

 

Corinthians 1998-2000

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Outro time com a soma de ódios, talentos e egos.

Rincón e Marcelinho Carioca eram os protagonistas: brigaram entre si (o gigante colombiano arremessou o pequeno carioca contra um armário no vestiário do estádio do San Lorenzo, na Argentina) e com outros.

Rincón trocou socos com Mirandinha e peitadas com Edílson. E Edílson já confessou que, depois de um treino, correu atrás de Marcelinho com uma faca – só para assustar…

Esse poço de inimizades rendeu o bi no Brasileirão e o título do primeiro Mundial de Clubes da Fifa em 2000.

Desmanchou-se em seguida, com direito a um P.S. em 2001: Marcelinho espalhou para o grupo que Ricardinho era dedo-duro, foi devidamente desmentido e acabou expulso do clube.

 

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Manchester City 2011-12

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Comprado em 2008 pelo xeique Mansour, dos Emirados Árabes, para voltar a ser um time grande, vencedor e cheio de estrelas, o City finalmente engrenou em 2011-12, disputando ponto a ponto a liderança da Premier League inglesa com o rival Manchester United.

Mas, na reta final, o temperamental italiano Mario Balotelli começou a encrencar. Em treinos, se desentendeu com Jerome Boateng e Micah Richards.

Discutiu com Kolarov em campo numa derrota para o Swansea e se engalfinhou com Yaya Touré no intervalo de um empate com o Sunderland.

Mesmo com Balotelli criando problema e com esses tropeços, o City chegou ao último jogo dependendo de si mesmo. E foi campeão depois de 43 anos numa virada que parecia roteiro de filme, com dois gols nos acréscimos.

 

Via VIP.

Postado em: CuriosidadesEsportes Por: Binho
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