PERRIER JOUËT

 

Atleta – em Latim, athleta, em Grego athletes, “competidor nos jogos”. Vem de athlein, “competir por um prêmio”, relacionado a athlos, “disputa” e a athlon, “prêmio”. O atleta é o profissional dos desportos e geralmente relacionado a um homem ou mulher de sólida compleição.

 

 

Antônio Augusto Ribeiro Reis Júnior ou Juninho Pernambucano, meia do Vasco da Gama poderia ser tombado como patrimônio desportivo mundial pelo seu histórico, disciplina e regularidade em tantos anos de carreira. São nada menos que 25 títulos conquistados (somando-se clubes e seleção brasileira) e 7 títulos individuais. Juninho tem a incrível média de 1,52 títulos/ano. Poucos futebolistas possuem um currículo tão invejado quanto o meia supracitado. Juninho é a prova viva da produtividade e mesmo aos 37 anos e atuando cheio de limitações e com reduzida mobilidade faz com que o pequeno espaço que ocupa no meio de campo seja suficiente para que se notabilize com um dos maiores meias em atividade no Brasil.

 

Clarence Clyde Seedorf ou simplesmente Seedorf, atualmente meia do Botafogo-RJ é outro exemplo de atleta no sentido mais genuíno da palavra. Dono de 27 títulos por equipes e 4 individuais (sendo um FIFA 100), o holandês de 36 anos despertou um certo desespero em muitos em sua apresentação ao Botafogo quando foi flagrado trocando a camisa. Mais parecendo um fisiculturista, Seedorf certamente não tem ideia do quanto foi útil à nossa cultura futebolista mostrar cada gomo de seu ultra-abdômen ante ignotos garotos já infectados pela cultura Zoeira na Barra da Tijuca.

 

Rivaldo Vítor Borba Ferreira, conhecido simplesmente como Rivaldo é outro da seleta lista aqui citada. Um homem que dispensa comentários, campeão de tudo e que aos 40 anos ainda consegue ganhar dinheiro jogando futebol atuando por um time da Angola. Campeão Mundial, melhor do mundo… Rivaldo é sim um atleta que merece a devida honra.

 

Esse é obviamente o conceito de atleta que aprendemos e temos, todavia em se tratando de nosso desporto-mor, razão maior de nosso investimento e paixão esportiva esse conceito de pessoas de músculos torneados e vida regrada é uma figura quase mitológica. Mas até onde uma vida sem regras e desalinhada pode influenciar no desempenho profissional de tais indivíduos? Realmente eu não sei, mas prefiro focar em verdadeiros exemplos para comprovar que disciplina totalmente desportiva só tem a acrescentar na vida útil e rendimento dos mesmos.

 

Agora, sabem o que esses três jogadores tem em comum? Uma vida cercada pela família, longe de escândalos e bebedeira. Rivaldo então alega nunca ter consumido álcool em sua vida. Assim como em qualquer profissão, preserva-se é a forma mais eficaz de prolongar sua vida útil, e quando o trabalho exige tônus muscular a coisa fica magnificamente séria.

 

Mas na democrática e imprevisível arte de viver existe sim uma lista também grande de jogadores indisciplinados que fizeram sucesso e jogaram até longa data, porém as possibilidades de virar um Ronaldo em fim de carreira, um Garrincha no fim da vida, um Heleno de Freitas e um Adriano são bem maiores que ser um Romário, que pulava o muro da concentração, comia mulher, pegava a aeromoça e ainda fazia gols. Sendo assim, a melhor opção, a que deve ser seguida por seres de perfeito intelecto é acompanhar a gama de bons exemplos que sempre deram certo. Vocês sabiam que Rivaldo nunca se lesionou e que Juninho costuma se recuperar de contusões em tempo recorde? É de gente assim que nosso Brasil precisa. E vejo Neymar caminhando para esse belo caminho da vida do atleta.

 

E é assim que tem que ser. Que eles se cuidem, trabalhem e nos representem no gramado, porque na área da bebedologia podem ficar tranquilos que a representação é com a gente. E nisso somos verdadeiros Pelés, quase Maradonas.

 

Dois Toques a gente sai na cara do gol.

 

 

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Postado em: Dois toques Por: Jo-Mariano
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