Planejamento é o mínimo que se pede
Galerinha, desculpem o atraso no texto, mas fiquei o final de semana inteiro sem internet e a menos que saísse da cidade, mandar a letra para vocês seria algo totalmente inviável e impossível. Entendo que exista quem curta meus riscos e que logo que abduzido pela internet abriu esse site maneirão, não viu nenhuma letra nessa época em que os estaduais enfim se findam e advertiu dar chilique e ameaçar infarto. Sei disso. Mas relaxem, pois há males que vem pra bem e hoje pude atualizar parte da letra que já havia escrito.
Vamos começar deixando claro que mesmo a República Federativa possuindo 93 estados uma Capital cheia de bandido vamos abordar aqui só o que interessa (Paulistão e Cariocão) – nesse caso, mais o Carioca, porque o exemplo que vou usar vem do Rio de Janeiro – até porque nem mesmo o pernambucano,o baiano ou qualquer outro “ano” brasileiro aguentam assistir seus respectivos campeonatos. Se eu quase me mato vendo o Madureira, quanto mais ter que dissertar sobre Ypiranga, Itapipoca e Sãos Longuinhos Brasil a fora.
Então bora ao que interessa. Botafogo, o que foi aquilo? Tanto doce, tanto tempo de invencibilidade, total frescura pra entregar a virgindade e que quando perde, perde de quatro. Na verdade, eu sei o que foi. Foi o bom e velho tapa na popa que todo time sem planejamento, que joga há anos estilo Alemanha década de 90 – se tudo der errado, bola na área pro grandalhão desajeitado – e joga com apenas um lateral dentre os relacionados, leva. O time alvinegro não é de hoje que deixa a torcida desvairada em furor com essa carência em pelo menos uma posição no elenco. Mesmo o lateral sendo um jogador que geralmente não é muito valorizado, esse pode decidir um jogo (geralmente pro mal), mas pode. Uma bola nas costas, um cruzamento errado, uma expulsão ou uma lesão (quando não existe substituto) são fatores determinantes para a derrota vergonhosa de qualquer equipe, pois ao contrário do atacante, zagueiro, volante e meia que podem ser improvisados, improviso na lateral não dura nem 45 minutos, porque pra correr pela beira do campo exige manha, caso contrário a língua cai, pulmão contrai e a energia vai pro ralo.
O Botafogo foi engolido pelo Flu depois que o único lateral direito da equipe foi expulso e o grande Osvaldo teve a brilhante ideia de trocar Loco Abreu por Herrera (o quase gol). Compreendo que sem lateral não havia motivos para manter o grandalhão cabeceador, mas pelo jeito com que a partida se desenrolava o melhor a se fazer era, literalmente, botafogar estilo Joel Santana- 9-0-1. Fluminense estava esganando com as duas mãos igual ao Santos com o Guarani. Deco parecia o Neymar e a zaga do Botafogo um bando de Angelins. Tava dando pena. Com o agravante de que o abismo social e futebolístico vivente na final paulista era inexistente na decisão Carioca.
Se o Guarani aguentou levar apenas 2 ovos do Santos, o Botafogo tinha a obrigação de levar no máximo 3 do Flu dada a situação. Agora terão que partir pra dentro estilo “a la carai” pra tentar enfiar pelo menos outros 3 se quiserem ir pros pênaltis. Vergonhoso. Antes deixasse o Vasco decidir. Pelo menos daria renda – renda essa que está totalmente comprometida para o segundo jogo, porque se eles não aparecem nem quando a coisa tá maneira, quanto mais quando o caldo já entornou e na cara do neném.
Espero que o exemplo do Botafogo sirva de lição ao futebol como um todo. Time que joga
há anos num esquema esquisito, estilo pinball e só pode contar com um atacante capaz de decidir uma partida precisa me mexer e rápido. Mas dos males, o menor. Já pensou se eles só descobrissem isso no Brasileiro? Carioca só vale mesmo se você for conquistar a hegemonia, senão só serve pra contundir jogador e às vezes ser usado de pré-temporada.
Dois Toques e a gente sai na cara do gol!
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